quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O meu dia!

Acordei pela manha com olhos semi cerrados, mas o sol ja brilhava, fechei mais uns segundos e aninhei-me mais um pouco.
Quando semi abri novamente reparei que ja era tarde, abri com dificuldade na totalidade os olhos, ao mesmo tempo, subi o corpo, mas so ate estar sentada!
Ainda baralhada com aquilo a que chamamos sono, olhei em volta e pensei no que haveria para fazer primeiro, passaram alguns segundos ate me mexer novamente, levantei-me ainda conduzida pela preguiça e dirigi-me ao W.c!
Quando voltei, parei novamente e pensei ainda baralhada no que havia de vestir, abri todas as portas e espreitei entre cada cabide, remexi todas as parteleiras e desarrumei toda a roupa que ja estava desarrumada, entre toda esta confusao, encontrei roupas nao minhas na qual parava e sorria a cada peça que olhava ou tocava, aparentemente ja passava mais que a hora para estar pronta entao colhi o que estava a mao, e vesti-me rapidamente, deixando assim alguma preguiça ser vencida pela pressa.
Segui a viagem do costume, acompanhada pela amiga/familia do costume, cheguei dentro das horas habituais!
Poucos instantes depois de chegar ao destino, bateram as 9H, liguei o meu computador, servi-me do cafe da manha com o estomago vazio como faço a anos, comecei entao a trabalhar com pequenas pausas a vaguear pela internet, ver noticias, ler o horoscopo ler emails etc.
O minutos foram vagueando acompanhado de alguns telefonemas de clientes desesperados com portateis parados, com trabalhos por imprimir, com os filhos a chorar que querem jogar, desesperados por entrar na net, foram caindo alguns emails a qual fui respondendo.
Durante o decorrer do dia ainda assim a baralhação incial da manhã nao tinha desaparecido, sentei-me entao nas escadas habituais geladas onde se juntam os fumadores, naquela altura eu estava sozinha, tinha o silencio para mim, ele ajudou-me a organizar as ideias e começei por ordem a pensar no que me baralhava durante toda aquela manhã.
Senti a preocupação de alguns assuntos relacionados com o emprego, acertei-me e arrumei esse assunto no canto da minha cabeça, surgiu tambem a minha familia, a dor de ter a minha avó no hospital, sentir que a minha mãe encontra-se sozinha em casa quando em tempos teria sempre a casa cheia e rodeada de ruidos que a faziam sorrir. soube logo que me preocupar demasiado nao iria resolver a questão, pus entao as maos no telemovel e dei uma palavrinha mais meiga e carinhosa a minha mãe que senti que a voz dela tremeu com um tremendo sorriso e quase gritou "afinal não estou sozinha" arrumei este assunto num canto da cabeça onde sabia que nao me podia esquecer, nem conseguia esquecer. Passei entao a outro.. mas primeiro olhei o relogio e ja se fazia tarde para voltar para frente do computador para prestar serviço a quem mais precisava em termos informaticos.
Entretanto recebo um telefona " a tua avo esta pior"
Terminei o dia, ou melhor neste momento estou a escrever este texto que simplesmente me apeteceu.. mas so penso na hora de sair, faltam 30minutos para a minha saida e eu so penso meter-me no carro e correr a minha mãe para lhe dar um abraço e ouvir as queixinhas e desabafos sobre tudo o que os medicos lhe explicaram sobre a minha avo.

domingo, 2 de setembro de 2007

Ser Nos proprios

Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente... Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar... Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde!

Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser. Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo!

Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim, manter uma imagem que nos dê a sensação de protecção...

E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos. Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não contaminado.

Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar, doçura, compaixão... a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!

Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "Estas a magoar-me, podes parar por favor?".

Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor...

Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível. Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto que consigamos docemente viver...sentir, amar... E que você seja não só razão mas também coração, não só um escudo, mas também sentimento.

"Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar."